CorujaJF
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SOLIDARIEDADE RODOVIÁRIA

Existem vários tipos de pessoas brasileiras!

Seria uma afirmação verdadeira, quando diante de visões , por horas, numa rodoviária. Traria dúvidas sobre verdade e falsidade. Se for na rodoviária de Aparecida do Norte serão poucas horas para graduação em povo brasileiro, no entanto, se for na rodoviária de Brasília , dependendo do tempo de estadia, poderá converter o estudo em doutorado.

Atrasos ! Amigos de horas ! Multas por atrasos aplicadas por companhias de ônibus, por perdas dos carros nos momentos das partidas, nos horários. Solidariedade familiar de desconhecidos que se tornam amigos e irmãos para sempre. Famílias em rodoviárias que duram 12, 24, 48 , 72 horas e para sempre. 

Boas pessoas. 

Senhor Dôzinho do Maranhão. Senhor Claudiney de Tremembé.  "Sinhora" mãe , com suas três lindas  e felizes menininhas que estão viajando há sete dias para Bom Jesus da Lapa , lá na Bahia.  Sete dias para nove dias para Bom Jesus da Lapa, na Bahia. Uma mulher que já tem três filhas grandes e que tem mais três filhas pequenas, em escadinha, voltando para sua terra, finalmente. Apanhou! Apanhou da vida e daqueles que não foram solidários, mas egoístas, muito embora tenha encontrado apoio em Minas, São Paulo e Maranhão numa e noutra rodoviária do Brasil .Brasília.

Seu Dôzinho de alma boa, com bochechas apertadas, o tempo todo, pela menorzinha de três anos e recebendo sorriso das demais ... Lindo de se ver o amor em resposta pela solidariedade havida no caminho. Na viagem.  Não tem nada mais bonito do que isso. Memória para sempre. 

Por que não contar sobre um outro que chegou atrasado e não pegou o outro ônibus? Pagar R$44,00 ( quarenta e quatro reais ) de multa, tudo porque chegou atrasado e só poderia chegar em SP depois de 48 horas , sem ônibus para aquela hora,  sem dinheiro para dormir, sem nada para comer , sem dinheiro para ficar , sem nada para pagar a multa. Grande atraso seria para pegar vaga de emprego combinada. Dormiu uma noite, mas depois conseguiu o valor da multa e  pagar espetinho com o que conseguira com outros bons brasileiros. Depois de muita vergonha, recebeu uns R$50,00 (cinquenta reais ) , sobrando prum espetinho de carne daquelas barraquinhas lá fora. Tendas azuis e brancas dos céus ! Cheiro de alimentação saciada. Dormir naquele chão frio de novo, debaixo da marquise , com a chuva , seria o seu novo paraíso. Sonhou sorrindo quando passei e o vi mais uma vez ... 

Pelos olhares dos funcionários, se constata  que há uma certa vergonha de como mantêm seus empregos, e os donos das companhias teriam alguma de como conseguiram suas concessões? Como mantê-las assim, sem respeitar intervalos ,  as quebras de carros , atrasos normais e corriqueiros, sem horários intermediários para servir , etc? Soluções para o povo que pagou antecipadamente passagens ... Dos votos, o povo não teria vergonha , com defesas aos que elegeram e causaram tudo isto. Tantas regulações, regulamentações e burocracias que deram nisto.

Os brasileiros dos aeroportos esqueceram os irmãos das rodoviárias. 

Por fim, lembrar do Senhor Francisco de Assis, vítima de talidomida que teve o seu ônibus quebrado em Paracatu e que não sabia o significado de caiçara. Para  todo o resto havia conhecimento de sobra, sapiência, pois bem experimentado na vida. Havia cumprido tempo em 2008, com loas aos seres todos ao redor em muitas cidades, com LOAS para si e esperando indenizações , pela sua condição. Tudo isto só se vê no asfalto ou na rodoviária. Este era o viajante da 25 de março, camelô que ajudara aquela "Sinhora" mãe baiana das três filhas grandes,  mais três pequeninas, aquela que viajava , fugindo do bêbado que lhe batia , agora ex-marido.

Não haveria conclusão se não pudesse lembrar dos sorrisos ou dos corações chorando de tristezas e alegrias. O bom foi ter esperado aquele tempo todo que passou, ao ver  todos embarcarem. Foi bom , depois, imaginar que dormiriam mais uma vez , sentados, sonhando com os seus desembarques finais.

P.S. Da vista do restaurante Dom Francisco , em Brasília, Park Shopping, avistando a rodoviária e os dias anteriores ... 

 

 

Abraços do CORUJAJF

JOÃO CARLOS DE SOUZA LIMA FIGUEIREDO 

 

Brasília, 26 de janeiro de 2018. 

 

 

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SABÍAMOS ...

Há 2018 anos sabíamos, pois  foi aprendido. O templo ruiu, o chão rachou, o céu desabou negro no momento da crucificação. Tempestade com terremoto no mesmo momento. Depois de 2018 anos, quantos dias e quantas horas de vidas vividas alegres e sofridas somaríamos? 

Nós sabíamos, bem antes,  que Tróia perdera a guerra para os gregos e que os troianos , fugindo, ajudariam a construir Roma. Sabíamos sobre Eneias, sobre o Deus Saturno , sobre Rômulo e Remo. Sabíamos diferenciar mito , lenda e realidade e quando a Mitologia tinha um grande fundo de verdade e ensinamento. Sabíamos a profundidade de uma parábola e que sua sabedoria atravessaria os limites da língua falada e escrita. Que a palavra e a atitude de Cristo ultrapassariam todas as épocas das ignomínias do século XXI mal iniciado , abrindo portas para um belo Terceiro Milênio a se iniciar . Tudo fora avisado. 

Depois de 2018 anos,  muita gente não sabe ainda e muitos que sabem ainda duvidam , tampouco praticam os maiores ensinamentos que eram para fazer parte dos cotidianos de todos os seres do planeta.

Em 1914, 1918 e 1933, não sabíamos muito bem, mas em 1945,  bem sabíamos quem era herói ou bandido, quais eram os heróis e os vilões. Em 1959, 1961, 1963 e em 1972, sabíamos quais eram os heróis e quais seriam os vilões. Em 1980, o mundo começou a acabar porque diversos bem criados já não sabiam quem era Cristo ou quem teria sido Eneias e já faziam de vilões os seus heróis.  

Sabíamos quem eram os vilões arrependidos que reconheciam Jesus como grande ser luminoso , como fez Barrabás e hoje escolhem somente os Barrabás, porém aqueles antes do arrependimento...

Havia referência enorme do bem que vencia o vilão duas vezes, uma pela vitória e outra pelo reconhecimento do vilão que desejava ser herói um dia, um dia ser melhor que si mesmo. 

Em 2001 , depois de todo aquele mistério sobre  BUG DO MILÊNIO e Torres Gêmeas caindo, desistimos dos heróis porque já os confundíamos com os vilões , até que muitos passaram a admirar os vilões como seus heróis e os heróis como pessoas politicamente incorretas, porque diziam a verdade e tomavam posições e opiniões firmes e fortes contra as ignomínias e atrocidades praticadas contra a humanidade por falsos dignos, apesar de suas revolucionárias falas mansas , leves, sobretudo por línguas bífidas sensuais, soadas por vozes bontinhas, falsamente bondosas e roucas depois , de tanto esbravejarem e gritarem e gritarem... Revelaram-se!

Como sempre havia sido, durante toda a História da Humanidade, sabíamos e há uns 30 anos passamos a desconhecer ... 

Até que surgiram os anos de 2017 e 2018, com mudanças começando a ocorrer.  Tudo culminará no ano de 2019, com luz de esperança no despertar dos sonâmbulos que seguem os WALKING DEADS  e, assim,  olharemos para os céus diferentes, para os mares subidos, elevados e picos rebaixados , para as terras mexidas, movidas e removidas e não poderemos dizer que sabíamos , mas que apenas desconfíávamos , por falta de fé, apesar do medo e do ajoelhar ...

E tudo isto acontecerá no mundo inteiro, porque a humanidade está ficando cansada , bem  exausta com os vilões de fala mansa.

Sabíamos o que era bom e a saudade disto , em breve, acabará pois depois da tempestade virá a bonança e a renovação mundial ! 

Paz e Amor nos anos vindouros... 

Nunca mais deixaremos de saber !

Abraços do CORUJAJF 

JOAO CARLOS DE SOUZA LIMA FIGUEIREDO 

Juiz de Fora, 31 de dezembro de 2017, às 11 h da manhã 

 

CorujaJF
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Um Relato

Domingo, 3 da tarde de um dia de 2010.

Viu por uma janela !!! Viu que aquele senhor estava, de costas, contando um dinheiro que estava guardado dentro de um livro.

Pegou outro e viu uma foto e começou a fitá-la sem parar e, sua posição, curvada, denotou carinho e saudade...

 Um Relato
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GIRAFAS, ELEFANTES, CAMELOS, ABELHAS, MARGARIDAS, ROSAS, ÁRVORES E CRIANÇAS ...

Em certa medida da vida, esta não se mede por massa, força, peso , nem mesmo por idade, mais seria por intensidade. Não medida por tempo,porque é o espaço que caminha, sem densidade. Os espaços entre lembranças caminham, pelas memórias dos outros que escutamos ou lemos e, hoje, vendo e ouvindo, ao mesmo tempo, aquilo que nasce, vive e morre, por telas e telinhas, do outro lado de um mundo gigantesco que ficou pequeno...

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