por CorujaJF

Escravo de meus pesadelos e anseios 
Sonho de liberdade, de me livrar deste mim
Deste ser que me algema ao homem velho
Escravo de mim

Escravo de veios de ouro , cortando gelos
Sonho de saudade, daquela infância sem fim
De ser liberto , sem algemas no berço e no chão
Feliz de mim 
Escravo de seios no couro, cogitando selos
Tonto do sal da idade, maldita pança de gula sem fim
Morto no pesadelo agarrado;cadê o céu ? perdi o chão! 
Escravo de mim 
Preso no pesadelo e nos anseios
Construi este castelo de ostentação do Eu
Preso na torre no alto da soberba
Preso em mim 
Presa do meu homem velho que me devora
Escravo de mim que me encanta por vício
Deste ser que me algema em mim 
Feliz sem este mim 
Liberto como criança, vejo rindo como era um bobo de pança
Banguela guloso , não tem mais importância 
Deste homem velho ranzinza que se decepcionou por ser fraco
Liberto de mim 
Construi depois de novidades, o velho mundo de novo
A modernidade é o fracasso, saudade do que vivia bem 
Com cheiro, música , cor e brinquedos 
Saudade de mim 
Flutuo agora no sonho deste céu que encontrei
Não há mais como ostentar aquele homem velho
Do rancor, vivo mais saudável sem aquele louco
Feliz sem fim 
Ensino aos infantes que é bom ser jovem para sempre
Dentro da alma, voando o espírito , sem aquele ranzinza
Sem mimado gagá que desorienta, sem que me assuma o velho
Liberto sem fim
Voando no lugar ao fechar os olhos
Sem precisar mais andar para voar 
Sonho com olhar acordado para todos que me amaram
Vivo sem fim !
Era escravo de mim ...

Abraços do 

CORUJAJF

João Carlos de Souza Lima Figueiredo

Juiz de Fora, 13 de novembro de 2017


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